segunda-feira, 8 de junho de 2009

DOJO ZEN GAKU IN







DOJO ZEN GAKU IN
TEMPLO ZEN DA MONTANHA
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Não existimos por nenhuma outra razão senão a de sermos nós mesmos.
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Fundado em 2005, consagrado pelo Abade Daiju, do Mosteiro Zen Buddhista Morro da Vargem e monges amigos, do Espírito Santo. Tem por seu Guardião do Templo o ordenado Daiko.
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ZAZEN, MEDITAÇÃO SENTADA
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A meditação não é um método, não é simplesmente uma técnica. Meditação é um florescimento interno, um crescimento. Um crescimento que é sempre do total, não é uma adição. Assim como o amor, ele não pode ser adicionado a você. Ele cresce a partir de você, a partir da sua totalidade. A meditação o levará ao silêncio. Mas esse silêncio é diferente de simplesmente ausência de barulho. Seu mundo interior tem seu próprio sabor, tem sua própria luz, e é totalmente silencioso, é imensamente silencioso. E não é algo fictício, é uma realidade que está presente em cada um de nós – apenas nós nunca olhamos para dentro. A meditação lhe trará sensibilidade, uma profunda sensação de pertencer ao mundo. E essa sensibilidade criará novos laços de amizade – com as árvores, com os pássaros – amizade com animais, montanhas e rios, e também com pessoas. Meditar é encontrar o amor, uma nova qualidade em seu ser, uma nova porta se abrindo. Meditação é simplesmente uma forma para torná-lo consciente de seu verdadeiro eu, que não é criado por você, que não precisa ser criado por você, porque você já é: você já nasceu com ele, você é ele. A meditação vai ajudá-lo a desenvolver sua faculdade intuitiva. Torna-se muito claro o que é que vai satisfazê-lo, o que vai ajudá-lo a florescer. E seja o que for, vai ser diferente para cada um. Buscar e tentar encontrar sua singularidade é uma grande emoção, uma grande aventura.
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O templo está aberto somente para meditação, nos seguintes horários: aos sábados, domingos e feriados às 10 horas, e às segundas e quartas às 18 horas. Quem nunca praticou zazen deve chegar com 10 minutos de antecedência para receber explicações. É importante ligar e confirmar o horário.
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Rodovia Cunha-Paraty km 61,5, junto ao Anand Atelier , Cunha SP, telefone: (12) 3111.3099 .

4 comentários:

  1. Na manhã de ouro
    As flores acordam
    com o canto dos primeiros pássaros

    Ao contrário de Buda
    que em pleno gozo de libertação
    sorrindo está sempre Desperto

    Querido Templo da Montanha
    que nos acolhe para a meditação
    Abençoado Dojo Zen Gaku In

    Que todos os Budas
    possam derramar sobre ti
    A Canção do Dharma!

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  2. Um marco que poderá vir a ser o início de uma nova e verdadeira Sangha! Tomemos refúgio no Dharma!

    Votos das maiores felicidades! O Templo seja iluminado!

    http://budismonobrasil.blogspot.com

    http://tibetparaomundo.blogspot.com

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  3. ZAZEN E O EU

    "Como é que nós treinamos para fazer com que o nosso eu enfraqueça? Como é isso? Primeiro nós sentamos em zazen. Por que sentar em zazen funciona para diminuir a noção de um eu?

    Porque se você senta e não cogita nem julga você é capaz de olhar, cheirar, degustar, tatear, sem colocar um eu nessas coisas, nem colocar um eu que está apreciando essas coisas.

    Todo o treinamento do Zen está focado em demolir o eu, é por isso que muitas vezes as pessoas não gostam do treinamento, e se irritam com os professores, porque leram livros sobre o Zen Budismo e quando vêm conhecer um centro do Dharma, um monge verdadeiro ou um seshin, em vez de eles terem oportunidade para se manifestar, para mostrar o seu eu, eles são todo o tempo instados a calar a boca, a fazer tudo junto com os outros, a não corrigir os outros, a não criticar, a não elogiar, a não fazer nada que está ligado ao eu.

    São estratégias para diminuir o eu. A primeira estratégia é sentar em zazen e então ouça o pássaro cantar lá fora, mas não pense “um pássaro cantou lá fora”. Não coloque um eu no pássaro. Não há uma identidade no pássaro. Também não há uma identidade que ouve o pássaro. Não diga para si mesmo: eu estou ouvindo um pássaro, como é bonito o canto do pássaro. Todos esses são julgamentos. Nós temos que sentar no zazen, ouvir o canto do pássaro sem colocar nenhuma identidade no pássaro e nenhuma identidade no observador, que somos nós, do pássaro.

    O som do canto tem que nos atravessar. Passar por nós de um lado ao outro. Não deixar rastro. Surgir e desaparecer. Estamos conscientes profundamente do canto. Ouvimos com nitidez o canto, mas ele passa por nós de um lado a outro. Nós não agarramos nada nele, não julgamos nada nele, não nos colocamos nele. Não pensamos o que aconteceu antes do canto ou o que vai acontecer depois. Não esperamos o próximo canto. Não cogitamos do canto que já passou.

    Ficamos sentados em zazen deixando que o canto dos pássaros aconteça naquele momento, não no passado nem no futuro. Não diga, agora o pássaro cantou, porque agora já é passado. Simplesmente sente e cante com o pássaro. Você é o próprio canto do pássaro. Você é o pássaro. Não é o pássaro que canta. Todo o universo canta. Você canta junto com todos os seres. Não há lá nem aqui. Não há passado. Não há futuro. Há só (estala os dedos) e pronto! Essa é a maior prática.

    Se você atingir essa prática não precisa nenhuma outra porque todos os seus sentidos deixaram de funcionar para enganá-lo, para criar a consciência de um eu, você desarmou a armadilha que surge com as percepções e com a instalação da consciência."

    Trecho de palestra (Estratégias de treinamento...), disponível em Daissen - Portal do Zen, na secção "Textos", "Monge Genshô", postado em http://opicodamontanha.blogspot.com .

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